A tradição de painéis urbanos inspira obras no Arbo e Átman
Curitiba é uma cidade com tradição de painéis urbanos. Obras monumentais, que trazem arte para a paisagem e integram os prédios com o entorno. Dos azulejados e multicoloridos aos modernistas e brutalistas, que ornamentam as fachadas em concreto das construções dos anos 1960 e 1970, muitos desses painéis icônicos estão no nosso imaginário, como os assinados por Poty Lazzarotto e Franco Giglio, entre tantos outros.
Para honrar essa linhagem, a MDGP convidou o Escritório Burle Marx para desenvolver um painel em frente ao Arbo Cabral, cuja missão é dialogar com a obra assinada por Poty Lazzarotto e instalada no edifício Michelangelo, vizinho do Arbo. O painel artístico será construído na frente ao empreendimento e compõe com as formas dos canteiros e a vegetação proposta no conceito paisagístico. Segundo o arquiteto Júlio Ono, sócio do escritório junto de Isabela Ono e Gustavo Leivas, a ideia é ter ao longo do percurso novas perspectivas visuais e pontos de interesse, com diferentes ambientes e um elemento marcante e atemporal, que é a obra de arte representada pelo painel na entrada. Traçado livre e formas sinuosas e geométricas foram a grande inspiração durante a criação do painel, que se contrapõe às linhas mais retas do projeto arquitetônico do prédio.
A parceria continua no Átman, que vai ganhar um mural artístico como forma de reforçar o conceito, defendido por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono, de que o paisagismo é uma forma de arte que também pode ser usada na criação de espaços, e não apenas nos jardins. A solução de criar um painel artístico para a entrada surgiu devido à transparência e à permeabilidade visual dos espaços do Átman e por possibilitar a integração entre o interior e o exterior do empreendimento.
E se você quiser aproveitar essa inspiração para conhecer painéis pela cidade, vai aqui um roteiro criativo e de grande valor artístico.
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O painel do Instituto Previdenciário do Paraná se mistura ao corpo da edificação, tanto pelo geometrismo das formas utilizadas, quanto pelo padrão do material empregado em sua construção. A obra foi idealizada pelos arquitetos Luiz Forte Netto, José Maria Gandolfi, Joel Ramalho, Vicente de Castro, Abrão Assad, Orlando Busarello e Dilva Slomp.
Obra do italiano Franco Giglio, no Museu da Justiça, na sede do TJPR.
Painel de Poty Lazzarotto, que retrata os primeiros habitantes do Paraná, três décadas e meia para completar o grande projeto de Rubens Meister para o Palácio Iguaçu.
Poty usou muito a técnica de painéis em concreto aparente. Ele esculpia o desenho em isopor, usava concreto autoadensável leve, aplicado sobre uma tela fina de aço e, sem o uso de aditivos, promovia uma cura lenta do material. Um exemplo é o painel Evolução das Artes Cênicas – O Teatro no Mundo, na fachada do Teatro Guaíra.
A obra em azulejos Evolução do Saneamento Básico, de Poty, fica próxima a Caixa de Água do Alto da XV, onde funcionava o Reservatório Cajuru, de 1948 até 1995.
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