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Tijolos artesanais do Andáz Cabral têm história e técnica especial

Antes importado da Europa, o tijolo inglês caiu no gosto de arquitetos renomados e ganhou fachadas de prédios importantes no Brasil, entre eles do Andáz Cabral, assinado pelo escritório franco-brasileiro Triptyque. A Olaria Galiotti&R.O de Cabreúva, no interior de São Paulo, se especializou nesses tijolos artesanais e virou referência neste mercado.

Segundo o proprietário José Roberto de Oliveira, o tijolo inglês – nas cores londrino e tabaco –  passa por um processo que torna cada peça diferente. As formas usadas para modelar os blocos recebem uma camada de areia, que cria texturas e desenhos únicos em cada um deles, tornando-os verdadeiras obras de arte. “Apesar de a forma ser a mesma, a areia marca o tijolo, que ganha desenhos, ranhuras e texturas particulares. Ao final do processo é feita uma limpeza e a areia sai, mas a arte fica”, comenta.

Oliveira conta que sua olaria fazia tijolos convencionais até um dia ser apresentado a um grupo de arquitetos que contou sobre o material e sobre as dificuldades para importá-los. “Fui pesquisar, descobri algumas coisas e o resto descobri na prática, experimentando, fazendo experiências, testando argilas diferentes e métodos. Hoje temos o londrino, mais escuro, que será usado no Andáz Cabral, e o tabaco, mais acizentado, que foi aplicado na fachada do Fasano. No Shopping Cidade Jardim, a torre original tem tijolos importados e as duas que foram construídas depois já contam com os nossos”, explica.

O Andáz Cabral será  revestido com os tijolos londrinos. Aproximadamente 85mil tijolos serão aplicados manualmente na fachada do empreendimento, proporcionando um efeito único, exclusivo, artesanal que chamará atenção de quem passa nas redondezas.

História

Os tijolos e plaquetas do tipo inglês londrino e tabaco, que são o carro chefe da olaria, foram desenvolvidos em 2001. Na época, as construtoras encontravam dificuldades em importar o material devido ao atentado às torres gêmeas, nos Estados Unidos. Com as obras paradas, foram procurando possíveis fornecedores até contactarem a Galiotti&R.O e, mais precisamente, seu Roberto. “Contratamos um químico para o desenvolvimento das tonalidades e fomos fazendo os testes de qualidade, conforme as normas de especificação, forma e dimensão e determinação de resistência à compressão. Fiz sociedade com o amigo José Carlos Gallioti e começamos a produzir os tijolos e plaquetas tipo inglês nas tonalidade londrino e tabaco.”

Atualmente, a fabricação é feita conforme a demanda e, até hoje, já foram produzidas mais de 6 milhões de peças. 

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